domingo, 18 de fevereiro de 2018

Usando as mídias sociais em prol da vida acadêmica

O brasileiro parece ter obsessão com mídias sociais. É uma coisa de: ficar vendo e postando memes no Facebook; ter conversas inúteis, correntes, piadas e "bom dias" em "gupos da família" no Whatsapp; fazer comentários irrelevantes no Twitter; publicar fotos de eventos e momentos "felizes" no Instagram; e agora a obsessão é ganhar "foguinhos" no Snapchat e receber perguntas no Sarahah.

Poucos percebem que podem utiliza as mídias sociais em prol da vida acadêmica. O objetivo não é usá-las como uma ferramenta de marketing chata para mostrar o que você está fazendo, a palestra que você está participando, os free-bees que você ganhou ou qualquer coisa assim. Ninguém se importa com isso.

Porém, essas mídias são ferramentas poderosíssimas em dois pontos: o primeiro é fazer networking e a segunda é manter-se atualizado quanto ao que está acontecendo na sua área em pesquisa e em mercado.

Sobre networking: pare de seguir somente seus amigos e sua família. Você pode fazer isso, é claro, mesmo porque vai dar problema se você sair do grupo da família, mas passe a seguir as pessoas que são importantes na sua área. Veja quem são seus colegas de departamento, pessoas de outros departamentos de outras universidades e identifique o que eles estão fazendo. Chame as pessoas para um café e porque não uma cerveja? Demonstre interesse no que elas estão fazendo e pense em possíveis parcerias. Participe de grupos de discussão e pesquisa em que as pessoas estejam a fim de discutir e postar coisas relevantes na sua área.

Sobre manter-se atualizado: identifique quem são os "influencers", aqueles que estão sempre comentando e publicando coisas na sua área e mantenha uma rotina de leitura sobre o que eles estão postando. Identifique também possíveis canais de divulgação de departamentos e universidades sobre pesquisa. E que tal você abrir o seu canal de divulgação sobre a sua área? Já considerou se tornar o ícone na sua área? Why not?

Ferramentas e suas potencialidades:

Networking: Linkedin, Facebook, Twitter. E faça com urgência uma conta no Researchgate e no Academia!

Manter-se atualizado: Linkedin, Twitter, Reddit, Flipboard, Researchgate e Academia.

Não conhece alguma dessas mídias? Opa, isso é um sinal de que você já está desatualizado! Então corra!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A primeira negativa de uma revista a gente nunca esquece

Como havia dito, um de meus objetivos era desmembrar o meu doutorado em diferentes artigos para publicação.
Fiz o que falei, separei quatro temáticas em quatro estudos de caso. Pesquisei diferentes revistas com um fator de impacto bom e submeti dois estudos.
O primeiro é sobre Mobile Learning e o segundo sobre Cyberbullying. Essa semana recebi a devolutiva dos dois.

Revista no. 01 - Mobile Learning.

Submeti o artigo sobre mobile learning no segundo semestre do ano passado. Recebi a primeira devolutiva bem positiva, mas solicitando major revisions. Não fiquei muito feliz, mas ao ler os comentários dos revisores, concordei com os apontamentos. Com certeza meu artigo ficaria muito melhor complementado com os comentários dos revisores. Submeti em dezembro essas correções e essa semana tive o parecer.
Novamente eles solicitavam que eu fizesse novas major revisions. O editor, que havia mandado para dois pareceristas, enviou meu artigo para os dois pareceristas antigos e para mais dois novos, que solicitaram novas correções.
Vou falar que é bem cansativo, mas vou dar um passo para traz e novamente vou cumprir com as orientações dos mesmos.

Revista no. 02 - Cyberbullying.

Confesso que fui bem petulante ao submeter esse artigo. Enviei para uma das revistas de maior peso em educação e eles negaram meu artigo. O editor não foi tão cordial quanto da primeira revista, mesmo porque ele estava negando meu artigo, mas achei interessante que ele justificou o porquê da negativa, mostrando os pontos falhos do artigo.
Imprimi os comentários e, após corrigir o artigo no. 01, vou trabalhar nessas correções.
Infelizmente não posso mais submeter esse artigo lá, mas posso fazê-lo em outra revista.

Ambos os casos me serviram de lição. A primeira é quanto à humildade. O parecer dos revisores não tem como objetivo criticar cegamente a minha pesquisa. Muito pelo contrário, o objetivo é mostrar como posso melhorar. Recentemente li um texto sobre publicações e o autor mencionou uma coisa que me fez pensar: talvez a minha pesquisa nem seja tão boa assim e não seja tão interessante assim. Talvez o problema esteja na escrita. Talvez não.
A segunda lição é quanto à persistência. Não será por conta dessa negativa que irei desistir de publicar e pesquisar. Essa é só a primeira de muitas que irei receber. Meus orientadores devem ter recebido muitas negativas antes de publicar seus trabalhos. Isso faz parte do processo e é só passando por esses estágios que melhoramos como pesquisadores.

Vou me dar duas semanas de folga, daí penso no primeiro artigo. A minha deadline é abril, então tenho bastante tempo. Março será o mês do artigo no. 01 e abril do artigo no. 02. Maio pensarei no próximo artigo para publicações. Em diferentes revistas, é claro.