domingo, 26 de novembro de 2017

Publicações

Uma das coisas mais importantes na academia que o pesquisador precisa se preocupar é com a construção de sua identidade pela coesão de seu trabalho.
Indiscutivelmente o que diz quem você é são suas publicações. E publicações no plural.
No meio acadêmico no exterior, você é um bom pesquisador se você desenvolve pesquisa continuamente e publica seus resultados em revistas com fator de impacto alto.
Nem preciso dizer que no exterior ninguém liga para as revistas brasileiras Qualis Capes A1. Quem se importa com publicações na Língua Portuguesa? Só a academia brasileira.
Nas áreas das Ciências Naturais e nas Engenharias ninguém se importa com as revistas brasileiras e publicar na Língua Inglesa é o mínimo que se faz. Você apresenta o que está fazendo para uma audiência mundial e consegue ampliar a visibilidade do seu trabalho. Estatisticamente falando, a possibilidade de alguém em outros países se interessarem pela sua pesquisa aumenta e também aumenta a probabilidade de ter seu estudo citado por outros pesquisadores.
Todas essas questões estatísticas contam pois elas são interpretadas como eficácia produtiva e relevância de estudo.
Quando as áreas de humanas ficam restritas a uma audiência na Língua Portuguesa, delimita a sua produção e não contribui para a discussão acadêmica em escala mundial.
Um bom pesquisador sabe qual é o estado da arte da sua área de pesquisa em nível mundial e nacional. De preferência ele conhece esses pesquisadores e se faz reconhecer por eles, porque eles se tornam seus pares. E quem sabe, isso não vira colaboração no futuro?
Meu próximo passo é desmembrar meu doutorado em pequenos estudos e publicá-los em revistas internacionais com alto fator de impacto. Mas como escolher essas revistas? Isso fica para o próximo post.