segunda-feira, 27 de maio de 2019

Projeto de Pesquisa Pós-doutoral

Após um ano e meio (quase), acho que já estou com algumas ideias claras do que quero fazer no pós-doc. Uma das coisas é que, apesar de gostar bastante de discutir e refletir sobre diferentes teorias, acho muito mais útil falar para outros professores, sobre sua prática, como otimizar seu tempo, como tornar sua aula mais interessante, como verificar o aprendizado do aluno, entre outros assuntos. Não quero desenvolver uma pesquisa inútil que não sirva para ajudar no processo de ensino e aprendizagem, mas sim propor soluções possíveis de serem feitas e que façam sentido.
Com isso em mente, já tenho desenvolvido alguns pilotos com algumas ideias que acho interessante. Isso me leva à algumas questões metodológicas e teóricas, mas que tomei um banho de água fria depois que conversei com um professor. Quando questionei o que ele esperava do meu projeto de pesquisa, ele disse que não queria um projeto de pesquisa. Ele disse que queria um plano de trabalho, em que dentro dele meu projeto de pesquisa apareceria. Uma das críticas que ele fez foi que a maioria dos candidatos que apareciam para fazer o pós-doc no departamento dele vinham apenas para desenvolver pesquisa e iam embora. Não havia interação entre as pessoas, não havia colaboração entre os integrantes do grupo de pesquisa e nem no departamento e a promoção de eventos era nula. O que ele esperava era o (meu) envolvimento com o departamento, a convivência com os pares, a promoção de eventos, a proposta de uma disciplina na graduação e o auxílio de alunos da iniciação científica.
Isso quer dizer que, apesar de se desenvolver pesquisa em um pós-doc, o que é mais importante são as outras atividades. O que define a relevância é o quanto o plano de trabalho está relacionado com o departamento e o quanto você irá contribuir para o desenvolvimento acadêmico dele.
Achei interessante a ideia, o que torna muito mais simples para mim, pois um plano de trabalho, com ementa de disciplina e evento é o que eu tenho experiência em fazer.
Então vamos lá escrever...

domingo, 19 de maio de 2019

Saiu!!!!! Quando um artigo é aceito

Nem estou acreditando!
Aquele artigo que estou corrigindo e corrigindo e corrigindo finalmente saiu!
Como uma ótima notícia para começar a semana.
Minha orientadora do doutorado sempre me disse que a publicação de um artigo não envolve somente as habilidades de escrita acadêmica e coesão da pesquisa. Sempre envolve timing adequado, perfil da revista, sorte de ter revisores que contribuem com comentários pertinentes, tempo e paciência máxima para escrever e reescrever e engolir o orgulho do seu filho que nem é tão bonito assim.
Nem me lembro, mas acho que submeti esse artigo no fim de 2017 e ele ficou no vai e vem umas três ou quatro vezes e eu já estava começando a achar estranho que ninguém estava dando o parecer definitivo: se aceito (finalmente), se recusado, se arquivado...
Mas ufa! A satisfação que é ver que a sua pesquisa está sendo reconhecida pelos pares e está sendo divulgada é o que importa, pois isso reflete que ela tem significância para a academia.
Acho que a aceitação de um artigo publicado causa maior satisfação do que passar no Viva. No Viva você sabe que seu orientador não te mandaria para a fogueira se você não fosse sair vivo. Agora, um artigo científico, principalmente em Humanas é um trabalho bem solitário, pois você normalmente publica sua pesquisa sozinho, não com o grupo de pesquisa. A insegurança e a dúvida é um fantasma que fica na cabeça te questionando se o que você gasta seu tempo e acha que é importante é realmente o que você pensa.
Mas é. Vale a pena e a espera.
Agora é só curtir.