sábado, 30 de julho de 2016

Quanto custa um PhD no Reino Unido?

Agora que eu estou chegando no fim do processo, comecei a me perguntar quais informações eu deixei de mencionar. Acho que a mais importante e que afeta a decisão de todos é o valor. Muitas universidades oferecem o valor anusl do curso no site, pois nem todas as instituições no exterior são públicas. No caso do Reino Unido, há uma outra questão, pois o valor que está no site é para cidadãos britânicos. No caso de alunos 'overseas' o valor a ser pago muitas vezes é o triplo. Então a primeira dica é: entre em contato com o international office da uni e questione o valor. Existem bolsas de estudos internacionais e na universidade, mas raramente elas são direcionadas à América Latina, então brasileiros já estão fora. Há chamadas anuais das agências brasileiras e elas são sempre uma opção. Com ou sem bolsa, certifique-se de quanto é necessário para viver no país, pois além de pagar a tuition fee, você precisa comer, pagar aluguel e dependendo das escolhas que fizer, pode economizar dinheiro. Por exemplo, as acomodações da universidade são caríssimas, mas são muito perto do campus, não sendo necessário gastar com transporte público. Olhe os costumes do país de destino. No UK é comum pagar as contas de água a cada seis meses e luz a cada três. O valor do gás é baixo, então o aquecimento a gás é muito mais econômico. Comer no restaurante do campus não é a mesma coisa que o 'bandejão'. Aqui eles têm o mesmo valor de restaurante e não se come bem o suficiente para justificar o gasto. Acidentes acontecem. Verifique o sistema de saúde. Até que ponto não vale a pena fazer um seguro? Não conte com trabalho. Dependendo do visto que você tiver, se você puder trabalhar, o valor talvez não seja o suficiente para cobrir todos os seus gastos. Pense que isso será um extra. A tuition fee é normalmente paga no início do ano letivo integralmente. Tenha o dinheiro de todos os anos em caixa e mais uma reserva. Tenha bem claro quais são os seus hábitos financeiros, para não cair em uma ilusão ou ser pego de surpresa.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Keep writing II

Por conta de um contra-tempo de saúde, tive que interromper a minha rotina de escrita. Desde fevereiro estava acostumada a escrever pelo menos mil palavras por dia. Em um dia produtivo chegava a escrever 2500 fácil. Infelizmente isso não deu certo. Agora que estou retomando as atividades de rotina, estou escrevendo o que tem potencial para ser meu último capítulo de análise. Estou amarrando alguns ítens de teoria e a mensagem principal que quero deixar com a minha tese. Mas como tem sido difícil! Parece que a cabeça não consegue organizar o pensamento. Parece que as palavras certas não estão vindo. Eu sei o que e quero falar, mas o 'como' não está saindo. Isso não é branco, porque o branco dá quando a gente não sabe o que falar. Eu sei exatamente o que eu quero falar. As palavras CERTAS não vem. Diminui minha produção para pelo menos 500 palavras, para pelo menos pegar o ritmo de novo. Sei que isso é questão de tempo e eu tive o mesmo problema em janeiro quando fui recomeçar a escrever. Uma das estratégias que estou usando é escrever a partir de temas. Comecei com um e só vou mudar quando terminar essa seção. Outra estratégia é fazr alguma coisa em relação a escrita todos os dias, por exemplo eu releio e arrumo pelo menos uma página por dia. Isso faz om que o progresso não seja muito, mas pelo menos hä progresso.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Contratempos

Uma das coisas mais importantes que um projeto de pesquisa deve ter é o cronograma de pesquisa. Sempre é bom deixar algum tempo a mais para que haja margem para o atraso ou readaptação do projeto. Dificilmente as coisas acontecem como a gente planeja. Há grandes chances do cronograma estar 'dentro do prazo', mas isso não significa que o cronograma foi cumprido a risca, com todos os itens feitos exatamente como foram planejados. Além dos contratempos que o trabalho de campo e a coleta de dados podem trazer, muita gente se esquece que nós somos humanos e ficamos DOENTES. Falo isso porque há um mês e meio eu tive um problema de saúde que afetou o meu desempenho. Efetivamente eu não trabalhei por uma semana, mas logo depois consegui voltar parcialmente às minhas atividades. Depois de um mês e meio estou quase boa, mas não consigo ainda trabalhar com a mesma rotina que tinha. O que isso significa? Se eu tivesse um cronograma apertado, talvez eu estivesse um mês atrasada. Para as pessoas que trabalham com as coisas de última hora, prazos já teriam sido perdidos. Como eu estou trabalhando com três meses de adiantamento, isso não afetou muito. Consegui tirar duas semanas somente para a minha recuperação e isso foi fundamental. Hoje, ainda não consigo escrever o quanto escrevia, então estou tendo que colocar metas restritas por dia para conseguir manter prazos e não estragar com a minha recuperação. O autoconhecimento aqui é o segredo. Se você sabe que tem problemas com prazos e organização, desenvolva estratégias de produtividade. Mesmo porque isso reflete negativamente na sua imagem... É necessário também conhecer os próprios limites e respeitá-los. Caso contrário nos frustramos se não conseguimos alcançar nossos objetivos. Contratempos acontecem com todos e são imprevisíveis. Mas se eles acontecerem, ninguém vai querer saber da justificativa, só dos resultados.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

CV - manter sempre atualizado

No começo de qualquer carreira, uma das coisas com que a gente mais se preocupa é com o nosso currículo. É ele que vai mostrar quem nós somos e do que somos capazes de fazer. O VC não é uma coisa que é feita do dia para noite. Ele demanda anos de produção e trabalho. Ao passo que você adquire experiência você vai adicionando linhas para expressar o quanto você tem valor. Porém, no Brasil, ter um documento com uma lista de qualificações não é o suficiente para pesquisa. É necessário que você tenha cumprido com determinadas tarefas e tenha um perfil em um determinado lugar: a Plataforma Lattes (http://lattes.cnpq.br). A Plataforma Lattes é a base de dados de pesquisadores e grupos de pesquisa inscritos no CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa, relacionado ao Ministério da Ciência e Tecnologia). A comunidade científica brasileira demanda que todo pesquisador tenha um perfil na plataforma e esteja atualizando-o constantemente. Essa atualização deve ser feita para mostrar que você está em atividade constante (pelo menos a cada seis meses). Por atividade eles entendem como produção científica: escrita de livros, participação em congressos e publicação de artigos. Cursos de capacitação também contam, mas não tanto como o desenvolvimento de pesquisa. Estar 'trabalhando' em uma faculdade/universidade não é o suficiente para um pesquisador. Isso dá a entender que a pessoa não está se atualizando por meio de pesquisa e não está contribuindo para o desenvolvimento da ciência e do conhecimento. Colocar algumas metas anuais ajuda a manter o currículo em constante atualização. Por exemplo, se você se programar para participar de dois congressos e desenvolver um artigo/relatório por ano, você consegue manter um ritmo constante de produção. Mas a gente sabe que é preciso ter dinheiro e tempo para fazer isso. E se a gente não fizer, alguém vai fazer. O melhor mesmo é manter a calma e ir complementando aos poucos o currículo e encará-lo como um processo de update constante que só vai refletir em benefícios para a sua carreira.