sábado, 5 de dezembro de 2015

Analisando, analisando, analisando...

São tantos os dados e as informações que o trabalho de campo traz que às vezes a gente fica perdido sem saber direito o que fazer. Por onde começar é facil: você olha tudo, como se fosse 'rever' ou 'recapitular' o que aconteceu. Daí você começa a atribuir sentido em tudo o que você viu ou experienciou, talvez codificando, atribuindo sentidos e termos para nomear o que aconteceu. Depois você tenta explicar o que aconteceu interpretando os dados e as informações. Mas fazer tudo isso não lhe dá garantia de que alguma coisa saia dali. E isso causa muita ansiedade, insegurança, depressão. Esse trabalho é infinito e interminável. Mas é necessário manter a fé enquanto se faz. Como pesquisador e expert na área em que está atuando, você deve ter o feeling e seguir seus instintos sobre o que o trabalho de campo te mostrou. Existem coisas que ao serem presenciadas você já sabe que são relevantes, você sabe que isso deve constar nas suas análises. Porém, o que você não considera como relevante deve ser colocado de lado por um momento. Depois você retomar esses dados, checando novamente se o que foi ignorado deve realmente ficar de fora e porquê. Isso dará segurança do que incluir e não incluir, reforçando a narrativa que está por trás da história do seu PhD. Considerar o PhD como uma história a ser contada ajuda no estebecimento da coesão e da coerência dos elementos a serem usados para integrarem a tese. Mas o cuidado que deve se ter é se os elementos que foram escolhidos para contar essa história são os mais relevantes e se condizem com a realidade, não negligenciando outros fatores importantes também. Cuidado é preciso.

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