terça-feira, 7 de junho de 2016

Congressos, conferências, seminários, simpósios...

Achei estranho que eu não tivesse postado nada sobre isso, já que essa é uma prática minha recorrente. Minha antiga orientadora sempre falava "participe de congressos, porque neles você conhece pessoas, mostra a sua pesquisa e se mantém atualizada sobre a pesquisas das outras pessoas". Ela sempre cobrava do grupo de estudo que ela coordenava que nós apresentássemos um trabalho no primeiro semestre e outro no segundo. Isso fazia com que a gente refletisse sobre a nossa pesquisa e andasse com o nosso trabalho, porque se o deadline de inscrição chegasse e a pesquisa não tivesse caminhado era um péssimo sinal. Com isso continuei a prática. Sempre que podia me inscrevia em um evento. A diferença é que aqui no UK a prática é outra. É muito comum eventos pequenos em que só alunos de pós se encontram para apresentar suas pesquisas. Esse ambiente não é assustado porque o perfil dos participantes é similar ao seu, então não há tanta briga de ego. Além disso as pesquisas podem ser apresentadas em qualquer estágio e daí você pode pedir feedback sobre o que apresentou. Esse formato ajuda e muito porque te prepara para o Viva (defesa) e levanta questões que às vezes são óbvias para o autor. Toda vez que apresento um estágio diferente da minha pesquisa, recebo perguntas diferentes que me fazem repensar o impacto e a validade que ela tem e a minha forma de apresentação. Sempre me questiono se as dúvidas que aparecem são em função de falhas da pesquisa em si ou na minha apresentação. Cada evento te torna mais confiante naquilo que você está falando e chega uma hora em que fica automático. Você acaba por "conversar sobre" a sua pesquisa e não "apresentá-la". Você também conhece muita gente que está no mesmo barco que você, enfrentando os mesmos problemas. Mesmo com focos e projetos diferentes, o processo é muito parecido e o evento acaba virando uma enorme sessão de terapia coletiva em que uns aprendem com os outros em como lidar com o dia a dia da pesquisa. Parcerias produtivas podem surgir de encontros como esses, pois você acaba conhecendo pessoas com o mesmo interesse, ou linha, ou problema e se acontecer de rolar uma afinidade, por que não escrever sobre isso? Vale a pena participar de eventos como esse. Nem sempre eles serão proveitosos, mas dá ver outras pesquisas e talvez outros enfoques para o mesmo problema que você nem sabia que existiam. E se estiver chata, você ainda pode sair mais e dar uma passeadinha pelo local sede. Nem tudo é flor em um jardim.

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